A presidente argentina, Cristina Kirchner, discursa. |
O governo argentino considerou "impróprio" o pedido de explicações feito por Israel sobre o acordo com o Irã para a formação de uma comissão da verdade para esclarecer o atentado antissemita contra a associação AMIA em 1994, que deixou 85 mortos. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a Chancelaria do país disse "que rejeita de forma enérgica e vai de encontro às tradicionais relações de amizade que existem entre ambas as nações".
Ao rejeitar o pedido, o governo argentino lembrou a Israel que "o atentado sofrido pelo povo de nossa pátria em 18 de julho de 1994 não envolveu nenhum cidadão israelense. As vítimas foram, em sua grande maioria, cidadãos argentinos, e incluem seis cidadãos bolivianos, dois poloneses e um chileno". A Argentina assinou, no domingo, um acordo com o Irã na Etiópia para criar uma comissão independente para investigar o atentado a bomba de 1994 em Buenos Aires contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), pelo qual exige a extradição de oito iranianos.
O governo de Israel reagiu com "surpresa" e "decepção" na segunda-feira e indicou que convocará a Argentina "para que forneça explicações sobre a iniciativa". O Ministério das Relações Exteriores confirmou que o embaixador argentino foi convocado pela Chancelaria israelense para "solicitar 'explicações' pelo Memorando de Entendimento estabelecido entre a República Argentina e a República Islâmica do Irã".
"Cabe ressaltar que a Argentina nunca convocou um embaixador israelense para pedir explicações sobre atos de seu governo", ressaltou a chancelaria em seu comunicado. O ministro Timerman se reuniu nesta terça na sede da AMIA com parentes das vítimas do atentado e com lideranças das principais entidades judaicas para apresentar-lhes detalhes sobre o acordo.
Tanto a AMIA, que reúne as instituições da comunidade judaica, como a DAIA (Delegação de Associações Israelitas da Argentina), seu braço político, haviam manifestado na segunda o seu descontentamento com o acordo segundo o qual o procurador e o juiz do caso poderão interrogar os acusados em Teerã.
O governo iraniano nega qualquer participação no atentado e rejeitou as acusações de terrorismo contra seus oito cidadãos acusados, entre eles o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, o ex-presidente Ali Rafsanjani (1989-1997) e o ex-chanceler Ali Akbar Velayati, todos eles com ordem de detenção internacional lançada pela Interpol.
Ao rejeitar o pedido, o governo argentino lembrou a Israel que "o atentado sofrido pelo povo de nossa pátria em 18 de julho de 1994 não envolveu nenhum cidadão israelense. As vítimas foram, em sua grande maioria, cidadãos argentinos, e incluem seis cidadãos bolivianos, dois poloneses e um chileno". A Argentina assinou, no domingo, um acordo com o Irã na Etiópia para criar uma comissão independente para investigar o atentado a bomba de 1994 em Buenos Aires contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), pelo qual exige a extradição de oito iranianos.
O governo de Israel reagiu com "surpresa" e "decepção" na segunda-feira e indicou que convocará a Argentina "para que forneça explicações sobre a iniciativa". O Ministério das Relações Exteriores confirmou que o embaixador argentino foi convocado pela Chancelaria israelense para "solicitar 'explicações' pelo Memorando de Entendimento estabelecido entre a República Argentina e a República Islâmica do Irã".
"Cabe ressaltar que a Argentina nunca convocou um embaixador israelense para pedir explicações sobre atos de seu governo", ressaltou a chancelaria em seu comunicado. O ministro Timerman se reuniu nesta terça na sede da AMIA com parentes das vítimas do atentado e com lideranças das principais entidades judaicas para apresentar-lhes detalhes sobre o acordo.
Tanto a AMIA, que reúne as instituições da comunidade judaica, como a DAIA (Delegação de Associações Israelitas da Argentina), seu braço político, haviam manifestado na segunda o seu descontentamento com o acordo segundo o qual o procurador e o juiz do caso poderão interrogar os acusados em Teerã.
O governo iraniano nega qualquer participação no atentado e rejeitou as acusações de terrorismo contra seus oito cidadãos acusados, entre eles o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, o ex-presidente Ali Rafsanjani (1989-1997) e o ex-chanceler Ali Akbar Velayati, todos eles com ordem de detenção internacional lançada pela Interpol.
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